segunda-feira, 13 de junho de 2011

Subject: ‘Modelos não são mulheres perfeitas’, diz a neotop Laís Ribeiro


Author:
Miss NET
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Date Posted: 11:14:30 06/12/11 Sun
Morena do Piauí é a mais nova estrela da moda praia e da lingerie.
Ao G1, ela fala sobre o filho, rixa com as russas e o sonho de ser ‘angel’.

Dolores Orosco
Do G1, em São Paulo



Laís Ribeiro: neotop chega a tempo para estar na
passarela do último dia de desfiles da SPFW.
(Foto: Raul Zito/G1)

Os carimbos no passaporte e o número de editoriais e campanhas de Laís Ribeiro mostram o quanto a vida da modelo correu acelerada desde a última temporada de moda. Foi quando a garota de 19 anos, vinda de Miguel Alves, no Piauí, estreava na passarela para se tornar a recordista daquele verão 2011, com 27 desfiles na São Paulo Fashion Week e 26 no Fashion Rio.

“No último dia de desfiles aqui no Brasil, já fui para Nova York fazer os castings [testes de seleção de modelos]. Foi engraçado chegar lá no inverno porque eu não tinha noção de que existia um frio como aquele. Na minha cidade faz calor o tempo todo!”, diz a morena. “Eu não falava nada de inglês, não tinha nem fotos suficientes para um book."

A estreia internacional foi em uma campanha da grife jovem Rag & Bone. “Daí veio Marc Jacobs, Calvin Klein, depois os desfiles de Paris, Milão, Xangai, que foi demais! Foi tudo tão rápido...", contas Laís, que é tímida, fala baixinho, mas gesticula sem parar.

Apesar da empolgação com as andanças pelo mundo, a modelo faz ressalvas. “Em São Paulo se cumprimenta com um beijnho, no Rio são dois e lá no Piauí é logo um abração. Paris é uma cidade linda, mas não gosto de lá. As pessoas são muito frias.”

Top amigas
Em Nova York, a piauiense compensa a falta do calor humano com as amigas brasileiras. Uma delas é Adriana Lima, a top model baiana que costuma aparecer no pódio de rankings das celebridades mais sexies do mundo.


Laís Ribeiro em imagem da campanha de verão
da grife Victoria's Secret. (Foto: Divulgação)

Laís conheceu Adriana no ano passado, quando fechou uma série de trabalhos com a grife de lingerie e biquínis Victoria’s Secret. “Ela me olhou e disse: ‘Oba, mais uma nordestina no nosso time!’”

O grupo das modelos brasileiras em Nova York é unido, garante Laís. “A Bruna [Tenório, alagoana], a Aline [Weber, catarinense] e a Gracie [Carvalho, paulista] me ajudaram muito quando cheguei. Com o inglês, me mostravam os mapas e como chegar às locações das fotos”, revela. “Cada uma tem seu perfil e as grifes chamam todas. A gente não se vê como concorrente, somos uma familiazinha”, define.

O mesmo não se pode dizer das colegas russas, com quem as brasileiras não cultivam muita simpatia, como conta Laís. “Ah, sou sincera e não vou negar: a gente não gosta delas. Nós, brasileiras, pensamos nos trabalho como diversão também. E elas estão sempre sérias demais ou bajulando as pessoas nos bastidores...”

Mas a rivalidade com as russas não deve preocupar Laís. A piauiense tem conquistado cada vez mais espaço, especialmente na Victoria's Secret, para quem acaba de fotografar mais um editorial de verão, em Los Angeles, nos EUA. “Foi só a primeira parte do trabalho. A outra será fotografada esta semana fora do país também. Mas vai dar tempo de chegar no último dia de SPFW para desfilar”, garante a modelo, que em maio se apresentou para 18 grifes no Fashion Rio.


Laís Ribeiro na última edição do Fashion Rio, em maio, nas passarelas das marcas Melk Z-Da, Espaço Fashion, Patachou e Salinas. (Foto: Raul Zito e Alexandre Durão/G1)


Bode
Abrir mão da SPFW pela grife de lingerie tem seu motivo. Laís sonha em se juntar ao time das “angels”da marca – contratos de exclusividade como os que têm as tops brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrósio, a sul-africana Candice Swanepoel e a americana Erin Heatherton. “É a minha maior vontade agora. E acho que está cada vez mais perto de acontecer”, comemora.

Para ficar bem nos biquínis, sutiãs e calcinhas da grife, Laís é disciplinada. Tem horário marcado com personal trainer quatro vezes por semana em NovaYork e come “direitinho”. “Mas não abro mão do que tenho vontade. O brigadeiro da TPM não dá para dispensar”, brinca.

A morena reconhece que foi favorecida pela genética. “Minha mãe sempre foi magrinha e alta. Tenho 1,84m e peso 54 kg. Tenho o peso de um bode, como dizem lá na minha terra.”

Algumas estrias e celulites a levaram a pesquisar novos tratamentos estéticos. "Mas é só um cuidado a mais, porque meu trabalho depende disso. Não fico na neurose. Modelos não são mulheres perfeitas", diz.



A modelo Laís Ribeiro e suas mil faces em ensaio para o G1. (Foto: Raul Zito/G1)
Miguel Alves

Laís é cidadã ilustre de Miguel Alves, cidade do Piauí com 31 mil habitantes, a 112 km da capital Teresina. É lá que vivem a mãe, a avó, tios, primos e seu filho, Alexandre, de 3 anos.

“Quando essa loucura toda começou, o Alexandre tinha só um ano e meio. Foi muito difícil”, relembra a top, com a voz já embargada. “Acho que ele sente minha falta, mas tem tanta gente cuidando dele lá com a minha mãe. Mas eu, sempre sozinha...”, conclui a modelo, já caindo no choro de vez.

A morena garante que a distância está com os dias contados. “Há dois meses, não tenho conseguido trabalhar direito e ficar de bom humor com as pessoas. Preciso voltar para casa!”, desabafa. “Em um ano, quero estar com meu filho em Nova York. Vai ser bom para mim e para ele. Ele começou agora na escola e está aprendendo várias musiquinhas. Não posso mais perder isso...”, afirma.

Filha de uma professora de português e um funcionário público, Laís diz que só agora os pais estão "começando a aceitar essa história de ser modelo”.

Quando foi indicada por uma amiga a uma agência de Teresina, a moça cursava para prestar vestibular em enfermagem – projeto já descartado. “Minha avó é que não acredita muito ainda na minha vida vida. Quando vou visitá-la, ela sempre sugere: ‘Filha, por que você não desiste dessa loucura e volta para ficar aqui com a gente?’."

http://g1.globo.com

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